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Must watch: Mr. Selfridge

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Todo mundo tem o seu seriado preferido, ainda mais quando a história tem uma certa identificação com seu gosto pessoal. Por exemplo, entre as minhas escolhidas está “The Crown”, que recria a vida da Rainha Elizabeth II, me levou (quase fisicamente kkk) para o meu “lugar” no mundo, Londres. Assim como em qualquer série, a gente se sente um pouco “abandonada” quando acaba a temporada. Enquanto espero a os próximos episódios, ouvi diversas opiniões sobre “Mr. Selfridge”, que, só pelo nome, já despertou uma altíssima curiosidade. Afinal, Selfridges é a minha loja de departamento favorita e, antes de comprar algo em outros lugares, passo lá para ver a curadoria. Achei incrível a forma como contaram a sua criação – incluindo a construção na Oxford Street, as pessoas que eram contra a sua abertura no início do século XX e sobre o fundador, Harry Gordon Selfridge, ser norte-americano. Estou completamente apaixonada pela série e já acabei de assistir!

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A série é um prato cheio de referências históricas para fashionistas. Na Inglaterra do início do século, as mulheres tinham uma vestimenta muito austera com mangas longas e golas altas para cobrir o pescoço (quase não deixavam a pele visível), quase como o estilo Vitoriano. O próprio Mr. Selfridge começou a série usando fraque para as reuniões de conselho e estava sempre impecável para ir trabalhar. Outro ponto forte é a perfeição na hora de mostrar a evolução da indumentária. Os chapéus eram grandes e cheios de enfeites, entre flores, plumas e aplicações de renda. Mas, na década seguinte, eles ficaram menores e com ar de modernidade – imagine que os cloche hats eram “too cool” nos anos 1920. O comprimento dos vestidos, que não eram práticos para vestir no trabalho, foram encurtados para a altura da canela, e isso já era considerado “ousadia”. Entre as responsáveis por tantas alterações nos looks estavam as sufragistas, o grupo feminista da época, e o próprio Harry Selfridge apoiou o movimento – a ponto de ser a única loja não apedrejada por elas na cidade.

 

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Além do cenário londrino que me encanta, tive uma identificação forte com Harry Selfridge, que era um empreendedor, chegou na cidade e começou tudo do zero. Admiro muito essa garra e determinação de fazer acontecer! Ele teve que lidar com o preconceito da época dos ingleses em relação aos americanos, que não eram considerados tão sofisticados. Isso porque na Inglaterra é preciso ter um “heritage”, algo que o dinheiro não compra e o Mr. Selfridge não tinha. Mas ele era um homem com visão inovadora, criou “as liquidações”, o conceito de vitrine como divulgação (e trocava toda a semana), além de passar por vários desafios e convencer as pessoas de que era possível abrir os olhos para o novo. Imagine que a Oxford Street não era a mesma que conhecemos hoje, cheia de lojas, luzes no Natal e uma multidão de pessoas ocupando cada centímetro da calçada. A região era considerada ruim pelos locais, mas ele apostou suas fichas para transformá-la em um ponto forte. E ele não estava errado em investir tanto esforço. Veja abaixo como ela é hoje!

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Como é bom saber da história dos lugares que visitamos. Eu vou sempre a Selfridges, que é conhecida pelas suas vitrines deslumbrantes, mas não sabia os detalhes que estavam por trás de tanto sucesso. Além do exemplo de determinação, a história reforça que a moda e o comportamento andam sempre juntos. É muito bom ver como as mulheres usaram as roupas como forma de empoderamento, lutaram pelos seus direitos e fizeram valer essa batalha – saindo para trabalhar, conquistarem espaço na sociedade e vestirem o que desejavam.

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