Um dos momentos mais memoráveis da minha estadia em Londres rendeu até matéria especial no site da Vogue Brasil.
Eu não poderia ficar mais contente com o encontro com um dos mestres da fotografia de moda e ícone absoluto da segunda metade do século XX: Hans Feurer.
Acompanhe nosso bate-papo abaixo em repost da Vogue:
Alice Ferraz: O movimento é um dos pontos fortes do seu trabalho. O que ele significa para você?
Hans Feurer: Movimento é vida. Busco clicar modelos como mulheres reais, em situações onde elas estejam se deslocando. Não quero que fiquem estáticas, apenas posando para a câmera, “mortas”, como um objeto. Quero que o espectador sinta a vida e a beleza da mulher. Outro ponto importante para mim é a luz: sempre uso a iluminação natural, nada de flashes ou coisas do tipo. Tenho fotos que gosto muito que foram feitas em dias nublados ou na chuva.
Alice Ferraz: Os tons vibrantes são outro ponto-chave do seu trabalho e dessa retrospectiva. Você usa muito o verde, o amarelo e o azul, as cores do Brasil.
Hans Feurer: Sou como um pintor, as cores vêm na minha cabeça e, a partir disso, começo a colorir as minhas fotografias. Tento compor uma cartela interessante combinando os tons do cenário e os que aplico nos meus personagens. Junto com eles, penso nas formas do corpo e como explora-las da forma mais viva e envolvente possível.
Alice Ferraz: Sei que foi apenas uma coincidência feliz sobre as cores do Brasil no seu trabalho, mas aproveito para perguntar: o que mais gosta no nosso País?
Hand Feurer: É mesmo uma coincidência feliz (risos). Adoro o Brasil, principalmente a música, é muito rica. Meus preferidos são, certamente, Baden Powell e Chico Buarque.
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