O universo da Alta Costura é fascinante, cheio de frescurinhas e curiosidades. Lembro que quando comecei a estudar na faculdade, prestava a maior atenção do mundo no meu professor João Braga quando esse era o tema da aula. As prerrogativas são inúmeras para a marca ser considerada parte da associação da alta costura e por isso que, em 1910, foi criada a “Chambre Syndicale de la Couture Parisienne”, ativa até hoje. No começo do século XX eram 106 casas de moda. Hoje em dia, não mais do que 20.
Agora, se você é estilista e está pensando em fazer roupa de alta costura? Então, dê um google e procure pela Ecole de la Chambre Syndicale. É obrigatório estudar lá para aprender todas as técnicas, pré-requisitos e regras. Falando em regras, nunca me esqueci de algumas que aprendi com o João:
– Para começo de conversa, o termo ” Alta Costura” é exclusivo aos associados da Chambre Syndicale de la Couture Parisiense. Apenas os que cumprem todos os requisitos podem usar a denominação para chamar as suas criações de “Alta Costura”. E eu achando que bastava ser sob medida e em um super tecido.
– A marca não precisa ser francesa. Mas, deve ter sede própria, em Paris, em um prédio de no mínimo 5 andares, sendo um andar para desfiles. Bom que deve ser bem em conta a brincadeira. Além disso, o local deve ser escolhido a dedo. Mas, fique tranquila, que você tem três opções de avenidas bem importantes para escolher: Champs Eiisyées, Marceau e Montaigne. É bom que está cada vez mais fácil!
– Ter perfume é obrigatório. Aliás, é o ítem de maior venda. Em segundo lugar, os cosméticos. Em terceiro, os acessórios como as bolsas e sapatos, que fazem a nossa vida mais feliz, seguido pela prêt-à-porter e em último lugar a roupa de Alta Costura. Já entendi! Faz a fama no vestido e o caixa no perfume.
– Os modelos são artesanais, únicos e devem ser feitos a mão. Não podem ser costurado à maquina. Estamos falando de alta costura e não fast fashion.
Essas são apenas algumas das tantas regras. Enquanto isso, preparei o que eu considero The Best Of dos últimos desfiles da PFW Haute Couture:
Curiosidades:
– Em 1950, havia em torno de 20 mil compradores e 3 mil clientes fiéis, ou seja, compravam com regularidade, tipo eu na Zara. Hoje em dia são 2 mil compradores e cerca de 200 clientes!
– O principal nome da Alta Costura, de todos os tempos, foi Cristóbal Balenciaga. Dominava a técnica, era criativo e tinha tino comercial. Pense nisso: ele desenhava, modelava, cortava, costurava e vendia. UAU! Showman total. Até os próprios concorrentes admitem que ele foi o melhor estilista que já se teve até hoje.
– A maior cliente da Alta Costura foi a norte-americana chamada Mona Von Bismarck, chegando a comprar de 60 a 80 vestidos por coleção. Foi criada até uma instituição onde estão todos os vestidos dela em Paris.
Todo o circo da Alta Costura é o grande laboratório e da onde saem as grandes idéias para o prêt-à-porter. Apesar de não ser a parte mais rentável é, sem dúvida, o primeiro dominó de toda fascinante engrenagem da moda. É poderosa e super importante. Marca épocas, cria tendências, nos inspira e faz sonhar!
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Alice,
Obrigada por ter mencionado o post!!!
Fiquei feliz da vida!!!
beijo grande
Parabéns pelo post #instrutivo #história, vc sempre manda muito bem! Principal motivo para dar pinta por aqui! Beijos
Mylena,
Li o seu comentário antes e de dormir e por isso, vou dormir feliz da vida!!!
Bjo grande e super obrigada pelo carinho
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